O empresário Rodrigo Carvalheira, preso no Cotel, em Abreu e Lima, acusado de crimes sexuais, recebeu autorização para deixar a prisão preventiva nesta terça-feira (26), após decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. A decisão foi tomada por unanimidade pelos ministros da turma, com base no voto do relator, o ministro Otávio de Almeida Toledo.

Rodrigo Carvalheira havia sido preso preventivamente após ser acusado de abusos sexuais, com as investigações ainda em segredo de Justiça. A prisão foi solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que argumentou que, em dezembro de 2023, o empresário teria feito uma ligação para o tio de uma das supostas vítimas, o que poderia interferir nas investigações do caso.

No entanto, o ministro Otávio de Almeida Toledo, ao relatar o caso, destacou que a prisão preventiva deve ser fundamentada em fatos contemporâneos que justifiquem a medida, não sendo suficiente apenas a existência de fatos passados, ainda que já documentados nos autos. O entendimento foi acatado por unanimidade pelos outros ministros da Sexta Turma, o que resultou na decisão favorável à liberdade de Carvalheira.

Com a decisão, Rodrigo Carvalheira deverá deixar o Cotel nesta quarta-feira (27), mas as investigações sobre os crimes sexuais continuam em andamento. A decisão do STJ marcou um ponto importante no andamento do caso, mas o empresário ainda está sujeito a futuras acusações ou medidas judiciais relacionadas aos crimes que lhe são imputados.