Na última terça-feira (05), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou uma nova e fascinante ferramenta baseada no Censo 2022. Ela permite consultar a ocorrência, o período de nascimento e a concentração geográfica de nomes, revelando, de forma dinâmica, as tendências e a história da identidade brasileira.

O site "Nomes do Brasil" confirma a predominância dos nomes tradicionais: Marias, Josés, Silvas e Santos. Maria lidera o ranking nacional, com 12,3 milhões de pessoas (seis a cada cem brasileiros). Enquanto o pico de Marias ocorreu entre 1960 e 1969, nomes como Gael, Ravi e Valentina dispararam após 2010. O nome Gael, por exemplo, saltou de 763 para 96,5 mil registros entre 2020 e 2022.

Em Pernambuco, a tradição é mantida nos nomes mais comuns:

• Femininos: Maria (876.437) e Ana (167.151).

• Masculinos: José (461.815), João (161.458) e Antônio (87.572).

O estado de Pernambuco equilibra tradição com modernidade, e o fascínio por celebridades e esportistas está fortemente gravado nas certidões:

• Futebol: A paixão resulta em 187 Richarlisons, 61 Neymars, além da eternização de craques argentinos como 33 Maradonas e 28 Messis.

• Pop Global: As divas da música internacional inspiram 113 Rihannas, 104 Adeles, 24 Shakiras e 19 Anittas.

• Mídia e Sertanejo: Há 72 Simarias (referência à dupla Simone e Simaria), 43 Bonners (em alusão a William Bonner) e 61 Taylors (Taylor Swift).

• Outras Homenagens: O sobrenome Sangalo (Ivete Sangalo) aparece em 61 registros. Já o nome Lula tem 23 ocorrências e 134 como sobrenome.

A expressiva marca de 258 "Gils" em Pernambuco sublinha a influência da Família Gil. Seja em homenagem a Gilberto Gil, ícone da MPB, ou a membros como Preta Gil e os Gilsons, a popularidade do nome reflete a enorme admiração e presença constante da linhagem na cultura brasileira.