No dia 11 de maio, o Compaz Dom Helder Câmara, no bairro da Joana Bezerra, vai receber o projeto ‘Maternar a si: arte para quem cuida’, com uma programação especial gratuita de autocuidado e promoção da saúde de mães e gestantes de 18 a 50 que se inscreveram. 

Criado pela professora de danças pélvicas e produtora cultural Júlia Lucas, o projeto conta com uma equipe formada por mulheres negras, indígenas e mães.  Entre as atividades que serão oferecidas, estão: aulas de Yoga, consciência corporal e twerk. 

A falta de efetividade de políticas públicas direcionadas para a infância e primeira infância, sobretudo para crianças de periferias, também é mais um fator que aumenta a sobrecarga dessas mulheres em garantir o direito a brincar e ao lazer de forma segura e viável economicamente para seus filhos. 

“Espera-se que, ao fim das atividades, as participantes possam retornar para suas residências e rotinas sentindo-se valorizadas, cuidadas e energizadas após uma manhã inteira onde elas foram o foco da atenção e do cuidado, revertendo a lógica predominante em suas rotinas”, afirma Júlia. Além das oficinas, o evento também vai dispor de uma fisioterapeuta realizando sessões curtas de massagens paralelamente às oficinas. 

O projeto tem o apoio da Uninassau e o programa Mãe Coruja Recife e o incentivo da Secretaria de Cultura do Recife e da Política Nacional Aldir Blanc (Ministério da Cultura).

>> AS OFICINAS

Yoga para Mães - Cris Queiroz 

Exercícios de respiração e alongamento para preparação do corpo e aumentar a consciência da capacidade pulmonar e respiratória das participantes, seguindo com a  ?prática de asanas (posturas) com foco em aterramento, força interna e equilíbrio. Também haverá um trabalho da região pélvica para trazer conexão com a energia feminina, direcionando também para a expansão criativa e abertura torácica para acessar o amor próprio (e com o outro). Relaxamento final com meditação e uma prática de introspecção induzida, e contato maior consigo mesma.

Rebolar é Medicinal - Monique Xavier

O projeto propõe a investigação e a conscientização pélvica através de perspectivas decoloniais. O cultivo da saúde através da ciência do rebolado. Com base na Dança do Ventre, trilhamos possibilidades de honrar nossa primeira casa na Terra: o ventre - de onde viemos, desconstruindo padrões colonizadores e patriarcais, fortalecendo nosso corpo e nossa natureza cíclica. A pelve está diretamente conectada ao sistema imunológico, às emoções, sensações e raízes. A dança tem um forte potencial terapêutico e o movimento corporal é essencial para a saúde integral.

Querida Pelve - Briê Silva

A vivência "Querida pelve", criada pela artista Briê Silva, mergulha profundamente no movimento pélvico através da dança, onde o corpo se transforma em um instigante campo de conhecimento. Uma ligação intrínseca com a sustentação da vida a partir de uma vivência dançante ritualística e aconchegante. Desmembrando padrões e estereótipos que foram e continuam sendo impostos em nossas diversas formas de existir no mundo, vamos rebolar, experimentar diferentes apoios e posições, abrir os poros para outras formas e posições de perceber a vida, com uma pelve solta e livre.

SERVIÇO:

Maternar a si: a arte de quem cuida

Quando: 11 de maio, às 8h

Onde: Compaz Dom Hélder Câmara (R. Lourenço de Sá, 140 - Ilha Joana Bezerra, Recife)