Jornalismo
Instrutores de autoescolas protestam contra proposta do governo que pode gerar demissões e insegurança no trânsito
Instrutores e trabalhadores do setor se mobilizam em Pernambuco contra proposta do Ministério dos Transportes que retira obrigatoriedade das autoescolas
Por Yasmin Santos23 OUT - 17H51
Jornalismo - Instrutores de autoescolas protestam contra proposta do governo que pode gerar demissões e insegurança no trânsito (Foto: Reprodução)Instrutores de autoescolas de Pernambuco participaram, nesta segunda-feira (data a confirmar), de um protesto contra a minuta apresentada pelo Ministério dos Transportes que propõe o fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo representantes da categoria, a medida pode causar desemprego em massa, afetando mais de 6 mil trabalhadores apenas no estado e milhares em todo o país. Além dos instrutores, o setor envolve uma cadeia de profissionais como gerentes, recepcionistas e auxiliares de serviços gerais, que também podem perder suas fontes de renda caso as empresas fechem as portas.
“Essa minuta vai gerar desemprego e caos. Por trás de cada trabalhador há uma família que depende dessa renda. Estamos falando de milhares de pessoas que podem ficar sem sustento”, afirmou o presidente do sindicato da categoria, durante o ato.
Os profissionais também criticam a falta de diálogo com as entidades representativas antes da divulgação da minuta. Eles alegam que a proposta não ouviu a sociedade civil nem os trabalhadores diretamente afetados.
Outro ponto levantado é a preocupação com a segurança no trânsito. A minuta abriria a possibilidade de aulas práticas particulares, ministradas por pessoas habilitadas ou instrutores autônomos credenciados ao Detran. Para os instrutores, a mudança representa um risco.
“Imagina alguém sem formação técnica ensinando outra pessoa a dirigir. Isso pode aumentar ainda mais os acidentes e o desrespeito às leis de trânsito”, destacou o presidente.
Os manifestantes afirmam que o governo federal deve garantir a segurança da população e preservar empregos, e não transferir responsabilidades que exigem preparo técnico e certificação.
“O Estado tem o dever de cuidar do cidadão, não de enfraquecer uma categoria inteira. O que pedimos é diálogo e revisão dessa proposta”, completou.
O movimento faz parte de uma mobilização nacional, com atos registrados também em outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
ÚLTIMOS VIDEOS

Mulher é atacada por cão de grande porte nas Graças

Moradores denunciam alagamentos e buracos em rua de Enseadas dos Corais

Dupla é presa após roubar cargas de cosméticos no Recife

Taxista é assassinado em tabajara. Suspeitos pulam o muro da casa dele
