Jornalismo
Grávida de 7 meses é assassinada com tiro na cabeça, no bairro de São José
: Mãe de Leandra Lins pede justiça após morte da filha grávida em São José: “Enterrei duas vidas”
Por Yasmin Santos10 NOV - 15H05
Jornalismo - Grávida de 7 meses é assassinada com tiro na cabeça, no bairro de São José (Foto: Reprodução)Leandra Lins, de 30 anos, grávida de sete meses de uma menina que já tinha nome — Eloá —, foi morta com um tiro na cabeça na comunidade do Papelão, no bairro de São José, área central do Recife. O crime aconteceu na noite da última quinta-feira (7). O companheiro da vítima, um jovem de 19 anos, também estava no local e foi ferido na mão. Ele foi socorrido e ouvido pela polícia.
De acordo com informações iniciais repassadas pela Polícia Civil, a suspeita seria de que o crime tivesse relação com o tráfico de drogas. No entanto, a mãe da vítima, Ana Paula, contesta essa versão. Ela prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e afirma acreditar que o autor do disparo foi o companheiro da filha.
“Minha filha vivia um relacionamento abusivo. Apanhava todos os dias. Ele controlava o dinheiro do Bolsa Família, do Auxílio Moradia, de tudo. Ela se afastou da família porque ele proibia. Quando soube da morte dela, foi pela TV. Se não foi ele, por que não me ligou? Por que não avisou?”, questionou Ana Paula, emocionada.
A mãe também relatou que a casa onde o crime aconteceu não apresentava sinais de arrombamento e que o tiro teria sido disparado “de cima para baixo”, o que, segundo ela, indica uma execução à queima-roupa. “Não tinha nenhum sinal de invasão. Ele diz que fugiu pela janela, mas é uma janela alta, impossível de pular sem se ferir. Só tinha um arranhão na mão”, completou.
Segundo Ana Paula, o suspeito já teria sido acusado anteriormente de estupro em Barreiros, na Zona da Mata Sul, e era quem traficava na região, enquanto Leandra era apenas usuária de cola. Ela também contou que o companheiro ameaçava a filha constantemente e a mantinha trancada em casa. “Ele dizia que, se ela o deixasse, colocava fogo na minha casa com os outros filhos dentro”, revelou.
Leandra deixa cinco filhos. A menina Eloá seria a sexta filha dela. “Enterrei duas vidas que não pediram para morrer. Minha filha foi ajoelhada e executada com um tiro na cabeça. Quero justiça pela memória dela e da minha neta”, desabafou a mãe.
A Polícia Civil instaurou um inquérito e segue investigando o caso como homicídio doloso, aguardando o resultado de perícias e novos depoimentos para definir a autoria e a motivação do crime.
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