Jornalismo
Engenheiro do Mirabilandia presta depoimento e aponta hipótese para o acidente em brinquedo
Engenheiro do Mirabilandia presta depoimento por 3 horas na Delegacia do Varadouro, Olinda
Por Emerson Guedes27 SET - 10H21
Jornalismo - Engenheiro do Mirabilandia presta depoimento e aponta hipótese para o acidente em brinquedo (Foto: )O engenheiro responsável pelo Mirabilandia, parque de diversões onde a professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, foi arremessada de um brinquedo que girava no ar, em Olinda, no Grande Recife, prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (26).
O depoimento durou mais de três horas e foi feito na Delegacia do Varadouro, em Olinda. O caso é investigado pelo delegado Rodrigo Leite.
De acordo com o engenheiro, o curto período de tempo desde o acidente impossibilita o apontamento da causa.
“O delegado quis saber muitos detalhes do funcionamento do brinquedo e do parque. O acidente foi há quatro dias e uma análise preliminar nos leva a uma falha na fabricação na corrente, mas é prematuro trazer conclusão agora. Seria até imprudente falar antes de uma análise completa dos elementos envolvidos no acidente”, disse de início.
No entanto, ele afastou indícios de fadiga nas correntes e sobrepeso, reforçando a principal suspeita em defeitos de fabricação.
Explicando o formato do brinquedo e o posicionamento das quatro correntes que cederam, ele defendeu que a carga máxima suportada ultrapassa uma tonelada.
“Uma corrente com elo de seis milímetros de diâmetro vai suportar acima de 250 quilos e tínhamos quatro correntes. Não teve nenhum excesso de carga, e as correntes não apresentavam nenhum desgaste nem fadiga. As quatro correntes cederam, ficam duas na frente e duas atrás, como uma cadeira sustentada por quatro correntes”, detalhou.
As correntes que cederam foram inseridas ao brinquedo em novembro de 2020, por apresentarem, segundo o engenheiro, mais segurança em regiões como a que o Mirabilandia está localizada, afetada pela maresia – o parque fica em Olinda, uma cidade litorânea. A compra foi realizada dois meses antes e uma nota fiscal comprovando isso foi entregue à polícia.
“Essas correntes que partiram foram adquiridas há um tempo atrás e substituídas, não vieram com o brinquedo. Ele tinha algumas correntes de aço inox e outras de aço carbono. Estamos numa região onde a salinidade ‘ataca’ muito o aço carbono, por isso colocamos correntes de inox. Elas são mais seguras”, garantiu.
Confira a reportagem completa:
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